Passeio a Pé: Descida à Caldeira

Sobre a Experiência

A 1000m de altitude, convidamo-lo a descer 400m até à cratera de um vulcão adormecido. Esta Caldeira, coberta por uma luxuriante vegetação de Laurissilva Macaronésica, desmoronou ao longo das suas diferentes erupções, das quais a mais recente ocorreu há apenas 1200 anos, cobrindo 70% da ilha com pedra-pomes.

A trilha é bastante técnica, exigindo quadris e joelhos. Segue uma depressão rochosa causada pela erosão hídrica, com vários troços com passagens estreitas, exigindo agachamento para evitar as plantas naturais, tornando a subida mais exigente.

Descida da Caldeira Mais. Detalhes sobre Aspectos da Vegetação

A Reserva Natural da Caldeira, com 2 km de largura, foi protegida pela primeira vez em 1800 para proibir a extracção de lenha. Em 1972 foi uma das primeiras reservas naturais a ser criadas nos Açores, actualmente referida como santuário vegetal - é de facto um local para desfrutar do melhor do endemismo floral açoriano. Portanto, muitos cuidados devem ser tomados em relação à destruição de plantas e à poluição do local.

A fronteira da caldeira compreende o ponto mais alto do Faial - Cabeço Gordo com 1043 m dominado por vegetação alpina, caracterizada pelos musgos Sphagnum spp., Juncus sp., urze dos Açores (Erica azorica), e floridas Daboecia azorica, Leontodon filli, Tolpis azorica, Hypericum foliosum, entre outras espécies. Estes definem a primeira fase da descida e podem ser vistos através dos primeiros troços.

O percurso segue uma depressão rochosa provocada pela erosão hídrica, com vários troços com passagens estreitas, sendo necessário agachar-se para evitar os fortes ramos da urze açoriana que se estende com grande expressão pela descida.

Depois de descer ca. A 100m de altitude, a paisagem muda então para um bosque raro dominado pelo zimbro dos Açores J. brevifolia, com diversas árvores de grande porte cobertas por uma grande variedade de musgos. Esta é a única angiospérmica da Floresta Laurissilva da Macaronésia. Procure no zimbro a epífita Arceuthobium azoricum e veja se Rubia agustinhoi não pega carona nas suas costas. Myrsine africana e vários fetos como Culcita macrocarpa ou Polypodium azoricum comporão este cenário pré-histórico.

À medida que a descida prossegue, a paisagem voltará a mudar para espécies características da floresta de média altitude, com destaque para o santo Ilex perardo açoriano, o loureiro Laurus azorica com a urze ainda em grande expressão. Se for no Verão, poderá saborear os frutos escuros do Mirtilo dos Açores (Vaccinium cylindraceum). A floresta começará a ficar ainda mais húmida, sendo possível avistar os três Carex (C. pendula, C. vulcani e C. peregrina), maioritariamente junto à água, e ficar atento às orquídeas açorianas ou à Euphorbia stygiana e à epífito Elaphoglossum semicilíndrico; a espécie invasora Hedychium gardneranum começará a aparecer nesta fase - se possível - remova os ramos ao alcance.

À medida que o trilho chega ao fundo, irá avistar um dos poucos bosques de Frangula azorica, com o chão lamacento por onde a água que desce se espalha ficando coberto de Juncus acutus, Equisetum arvense e evitando ficar preso nos espinhos de centenas de amoras silvestres que se encontram assumindo o controle da paisagem. Procure a Mentha Aquatica junto à água para ter uma vista fresca e caminhe pelo fundo da cratera, por baixo da Frangula azorica, em direção ao lago principal. Permaneça na trilha e não deixe nada além de seus passos para trás. Olhe para cima e respire fundo, você está em um dos lugares mais lindos do mundo!

Meeting point:
Edifício das Marítimo Turisticas, Loja A1
9900 - Horta

Recomendamos: Roupa e calçado confortável, água.

​Díficil: 3 Km

Duração: 3 - 4h

Guia: experiente e certificado

Período: Todo o ano

Transporte: Jipe ou Carrinha

Pax Mín: 2 pax

Desde 90.00€ por pessoa
Largo Dr. Manuel de Arriaga, loja 2
9900 - Horta